Modelo de relacionamento de entidades (MER): guia completo

O MER (modelo de relacionamento de entidades) organiza o caos dos dados de maneira eficaz. Descubra agora como. 

Imagine que você está em uma festa super animada, mas ninguém sabe quem é quem, quem trouxe o quê, ou quem já comeu três pedaços de bolo. Parece confuso, não é? É exatamente para evitar essa bagunça nos sistemas de dados que o modelo de relacionamento de entidades (MER) entra em cena no cenário atual

Ele é o mestre de cerimônias do mundo dos bancos de dados, organizando tudo direitinho para que a festa (ou melhor, o sistema) funcione sem tropeços. Hoje vamos entender o que é o MER e como ele faz isso e muito mais. 

Afinal, o que é MER?

O MER é como o esqueleto de um banco de dados, responsável por mapear e organizar informações antes mesmo de você começar a armazená-las. Ele descreve entidades (pessoas, coisas, eventos) e os relacionamentos entre elas. Pense nele como o arquiteto que projetou o prédio antes que os construtores comecem a trabalhar.

Além disso, ele é crucial para evitar retrabalhos e erros. Imagine construir uma casa sem planta, você poderia acabar com o banheiro no meio da sala. O MER evita esse tipo de “banheiro na sala” no mundo dos sistemas. 

Ele ajuda os desenvolvedores a prever as interações entre as diferentes partes do sistema, garantindo que todos os dados necessários sejam armazenados de maneira lógica e eficiente.

Com o MER, você pode visualizar graficamente como os dados interagem, garantindo que tudo seja bem planejado e que o sistema seja funcional. Isso significa menos dor de cabeça para desenvolvedores e usuários finais.

Componentes do modelo de relacionamento de entidades

Diagrama entidade relacionamento

Para entender o MER, precisamos olhar mais de perto seus principais componentes. Ele tem dois grandes heróis: entidades e atributos .

Entenda mais sobre as entidades

As entidades são como os personagens principais de uma história. Em um sistema de loja, por exemplo, as entidades podem atender clientes, produtos e pedidos. Cada entidade é algo ou alguém que precisa ser representado no banco de dados.

No mundo do MER, cada entidade tem características únicas e identificáveis. É como se cada pessoa numa sala tivesse um crachá com seu nome e informações básicas. Além disso, as entidades podem se dividir em dois tipos:

Entidades fortes : são independentes e possuem uma identificação única. Por exemplo, um cliente com CPF ou ID exclusivo.

Entidades fracas : dependem de outra entidade para existirem. Por exemplo, um pedido depende de um cliente. Essa classificação ajuda a organizar melhor os dados e definir como as entidades se relacionam umas com as outras.

Saiba o que são e quais são os atributos no MER

Se as entidades são os personagens, os atributos são os detalhes que os tornam únicos. Eles são as características ou propriedades das entidades. Por exemplo, para a entidade “cliente”, os atributos poderiam ser nome, e-mail e telefone.

Agora, os atributos podem ser divididos em várias categorias bem interessantes. Vamos conhecer elas a seguir. 

Atributo simples

Pense nos atributos simples como o básico do básico. Eles não se dividem em partes menores. Por exemplo, “idade” ou “preço” são atributos simples. São diretos e simples de entender, como o tipo de pessoa que vai direto ao ponto em uma conversa.

Esses atributos são ideais para informações objetivas que não precisam de divisão, ou que facilitam o armazenamento e a consulta no banco de dados.

Atributo composto

Os atributos compostos são os mais elaborados. Eles podem ser divididos em subpartes. Por exemplo, o atributo “endereço” pode incluir rua, cidade, estado e CEP. É como um bolo que pode ser fatiado em pedaços menores para ser compartilhado.

Esses atributos são úteis para sistemas que precisam de granularidade nos dados. Por exemplo, se você quiser listar todos os clientes de uma cidade específica, o endereço composto ajuda muito.

Atributo multivalorado

Já os atributos multivalorados são como um cardápio variado. Eles podem conter valores múltiplos. Imagine que um cliente pode ter mais de um número de telefone ou vários endereços de e-mail. Aqui, o banco de dados precisa ser flexível para aceitar toda essa diversidade.

A flexibilidade dos atributos multivalorados é excelente para atender cenários mais complexos, mas eles também exigem atenção especial no design do banco de dados para evitar inconsistências.

Atributo chave

O atributo chave é o verdadeiro protagonista no mundo dos atributos. Ele é responsável por identificar a forma única de uma entidade dentro do sistema. Por exemplo, um número de CPF no Brasil ou um número de matrícula escolar. Ele é a estrela que brilha e guia todo o resto.

No entanto, há diferentes tipos de chaves:

  • Chave primária: identifica exclusivamente uma entidade.
  • Chave estrangeira: conecta uma entidade a outra, representando um relacionamento.
  • Chave composta: formada por mais de um atributo quando um só não é suficiente.

Atributos derivados

Por fim, os atributos derivados são como o primo distante que aparece só quando necessário. Eles são calculados a partir de outros atributos. Por exemplo, a idade de uma pessoa pode ser derivada de seus dados de nascimento. Prático, não?

Esses atributos economizam espaço e aumentam a eficiência, já que só são calculados quando necessário, e não são armazenados diretamente no banco.

Benefícios do MER no desenvolvimento de sistemas

Modelo entidade-Associação

O MER não é apenas uma ferramenta para organizar dados; ele é o verdadeiro herói do desenvolvimento de sistemas.  Vamos conhecer alguns dos benefícios mais incríveis a seguir. 

Planejamento eficiente : antes de começar a construir um sistema, o MER garante que tudo esteja claro e bem definido.

Redução de erros : com um design bem estruturado, é menos provável que erros ocorram durante o desenvolvimento.

Melhor desempenho : um banco de dados bem projetado é mais rápido e eficiente.

Manutenção mais fácil : quando tudo está bem organizado, fazer alterações ou adicionar novas funcionalidades é muito mais simples.

Colaboração aprimorada : desenvolvedores, analistas e outros membros da equipe podem entender melhor o sistema com o uso de diagramas MER.

Conclusão

O modelo de relacionamento de entidades é como a cola que mantém tudo unido no mundo dos sistemas de dados. Ele transforma o caos em ordem, simplifica a comunicação entre desenvolvedores e garante que os sistemas sejam robustos e eficientes.

Então, na próxima vez que você parar com um sistema funcionando perfeitamente, lembre-se do MER, o arquiteto invisível que fez tudo acontecer. Seja no planejamento de um banco de dados para uma pequena loja ou para uma gigante da tecnologia, o MER está lá, garantindo que tudo funcione como deve.

E aí, pronto para usar o MER em sua próxima aventura de desenvolvimento? Abra o editor, comece a desenhar suas entidades e descubra como é gratificante ver um sistema tomando forma.

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