Engenharia de Requisitos: O que é, Como Funciona, Tipo e Objetivos

Desvende os segredos por trás da engenharia de requisitos e descubra como ela pode impulsionar a qualidade e eficiência dos seus projetos de desenvolvimento de software e web!

Em um mundo digital em constante evolução, a engenharia de requisitos se torna uma ferramenta indispensável para os desenvolvedores que desejam se destacar. Ela é a base fundamental para qualquer projeto de software, fornecendo a estrutura necessária para criar soluções eficazes e orientadas ao usuário. Se você é um desenvolvedor web em busca de formas de otimizar seus serviços e garantir a satisfação dos clientes, entender a engenharia de requisitos é o primeiro passo. 

Alguns cursos online disponibilizam mais conteúdo sobre este ramo da engenharia e explicam por onde começar e os conceitos iniciais dessa engenharia, como levantar requisitos de maneira clara e eficiente, como elaborar um documento de requisitos enxuto e assertivo, quais os conceitos iniciais de prototipação de software e como fazer uma reunião de validação de requisitos, além de ensinar sobre os principais conceitos sobre escrita de requisitos. 

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Saiba o que é a engenharia de requisitos

A engenharia de requisitos vai além de ser apenas uma etapa do processo de desenvolvimento; ela é uma disciplina voltada para compreender e documentar as necessidades e desejos dos usuários.

Tanto ao criar um site no WordPress quanto ao desenvolver um aplicativo web em PHP, é crucial traduzir as expectativas do cliente em especificações claras e objetivas, garantindo que o software final atenda plenamente a essas necessidades.

Conceito de requisitos

Os requisitos são descrições detalhadas do comportamento que um sistema deve ter, das funcionalidades que ele deve oferecer e das restrições que ele deve respeitar. Eles são classificados em dois tipos principais: funcionais e não funcionais. 

Os requisitos funcionais descrevem o que o sistema deve fazer, detalhando suas funções e processos. Já os requisitos não funcionais especificam como o sistema deve ser em relação ao desempenho, segurança, usabilidade, e outros aspectos que definem a qualidade do software. 

A engenharia de requisitos se encarrega de coletar, analisar e refinar esses requisitos, garantindo que a solução de software seja desenvolvida com precisão, atendendo às necessidades reais dos usuários e alinhada com os objetivos do negócio.

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Entenda como funciona a engenharia de requisitos

A engenharia de requisitos é essencial para alinhar as expectativas e necessidades das partes interessadas com o produto final. 

Este processo não só identifica o que é necessário, mas também garante que o produto desenvolvido seja o correto, eficaz e de alta qualidade. Vamos entender cada etapa desse processo tão importante.

Levantamento dos Requisitos

O levantamento de requisitos é a primeira fase da engenharia de requisitos, onde o objetivo é coletar informações sobre as necessidades dos usuários e outras partes interessadas. 

Essa etapa envolve diversas técnicas, como entrevistas, questionários, análise de documentos e sessões de brainstorming. 

O propósito aqui é obter uma compreensão completa das expectativas, das funções desejadas no software e de qualquer outra exigência necessária para o sucesso do projeto. 

É uma fase fundamental, pois define a base sobre a qual o projeto será construído.

Análise de Requisitos

modelo cascata

Após a coleta, os requisitos passam por um processo de análise, que garante que eles sejam relevantes, completos, consistentes e, claro, realizáveis. Nesta etapa, os requisitos são classificados, priorizados e, se necessário, refinados ou decompostos em requisitos mais detalhados.

A análise ajuda a identificar possíveis conflitos ou ambiguidades e a determinar as dependências entre requisitos. Essa avaliação minimiza futuros problemas no desenvolvimento.

Documentação de Requisitos

A documentação é o processo de registrar os requisitos identificados e analisados de maneira clara, precisa e acessível. Geralmente, isso resulta na criação de um Documento de Requisitos de Software (SRS), que serve como uma referência oficial para o desenvolvimento do projeto. 

Este documento inclui tanto requisitos funcionais quanto não funcionais, além de definir o escopo do projeto e as expectativas das partes interessadas.

Verificação, Validação e Garantia da Qualidade

A verificação e a validação são etapas complementares, destinadas a garantir que o software atenda a todos os requisitos especificados. A verificação envolve a revisão de documentos e o teste do software para garantir que ele esteja sendo construído corretamente — conforme os requisitos documentados.

A validação, por outro lado, foca em testar o software no mundo real para garantir que ele atenda às expectativas dos usuários.

Por último, a garantia da qualidade, incorporada ao longo de todo o processo, visa assegurar a conformidade com os padrões de qualidade e a satisfação do cliente.

Gerenciamento de Requisitos

O gerenciamento de requisitos acompanha o projeto do início ao fim. 

Ele envolve o rastreio dos requisitos, para garantir que eles sejam atendidos durante o desenvolvimento, o gerenciamento de mudanças nos requisitos conforme o projeto evolui e, por último, mantém as partes interessadas sempre informadas e atualizadas sobre o status dos requisitos.

Descubra os diferentes tipos de requisitos

No campo do desenvolvimento, especialmente quando se trata de tecnologia empresarial e serviços web, é essencial compreender a profundidade dos requisitos. Eles não são apenas listas de funcionalidades; na verdade, são multifacetados e abrangem diversos aspectos que moldam a experiência final do usuário e a funcionalidade do sistema.

Requisitos não funcionais

Os requisitos não funcionais se referem às características essenciais que um sistema deve possuir, mas que não estão diretamente relacionadas às suas funcionalidades principais. Em relação ao desempenho, é crucial garantir que o sistema responda rapidamente e opere sem atrasos. 

No contexto de um site de comércio eletrônico, tempos de carregamento rápidos são essenciais para manter os clientes envolvidos. E em um mundo onde as ameaças cibernéticas são constantes, garantir a segurança dos dados do usuário e das transações também é de extrema importância. Por último, à medida que o número de usuários aumenta ou as demandas do sistema se tornam mais intensas (ou os dois), é essencial que o software seja capaz de se adaptar sem comprometer seu desempenho ou segurança.

Requisitos funcionais

engenharia de requisitos resumo

Estes são o coração de qualquer aplicação e detalham suas principais funcionalidades. Por exemplo, se considerarmos a criação de um portal de notícias, esses requisitos seriam responsáveis por englobar cada recurso, desde a postagem de artigos até a moderação e publicação de comentários. Além disso, uma integração com plataformas de mídia social para compartilhamento de conteúdo também poderia se encaixar dentro dos requisitos funcionais. 

Requisitos de domínio

Esses requisitos são influenciados pelo ambiente ou setor em que o software será utilizado. Por exemplo, um aplicativo de transporte utilizado por um motorista que transita pelas ruas de São Paulo precisa levar em consideração regulamentações locais, tarifas específicas ou até mesmo festivais e eventos que possam afetar o trânsito na cidade.

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Requisitos subconscientes

Esses são aspectos que os usuários nem sempre expressam claramente, mas definitivamente esperam encontrar. Em um aplicativo de streaming de música, os usuários podem esperar intuitiva e naturalmente que a reprodução da música continue mesmo quando minimizam o aplicativo ou bloqueiam seus dispositivos, por exemplo.

Requisitos conscientes

Essas demandas são claramente expressas pelos usuários ou partes interessadas e são geralmente as principais exigências para qualquer projeto. Por exemplo, um cliente pode especificar que deseja um sistema de recomendação personalizado em sua plataforma de e-commerce.

Requisitos inconscientes

Esses são os mais desafiadores justamente por surgirem ao longo do caminho, muitas vezes revelados durante as fases de teste ou após o feedback inicial dos usuários. Por exemplo, durante o teste beta de um aplicativo, os usuários podem expressar o desejo de uma funcionalidade de modo escuro, algo que os desenvolvedores não haviam previsto inicialmente.

Compreender e abordar adequadamente cada tipo de requisito é o que diferencia um software ou serviço web bem-sucedido de medianos. E, para profissionais imersos em um ambiente tecnológico dinâmico, essa compreensão é fundamental para fornecer soluções excepcionais.

Conheça os princípios da engenharia de requisitos

Antes de iniciar qualquer desenvolvimento, é importante ter uma compreensão profunda e precisa dos requisitos do projeto. Isso envolve uma boa comunicação com as partes interessadas, para garantir que suas necessidades e expectativas sejam entendidas e documentadas.

A engenharia de requisitos depende da colaboração entre todas as partes interessadas, incluindo desenvolvedores, clientes, usuários finais e gerentes de projeto. Por isso, a comunicação constante é essencial para resolver dúvidas, fazer ajustes e garantir que todos estejam alinhados com os objetivos do projeto.

Os requisitos podem mudar ao longo do tempo por conta de novas informações, mudanças nas necessidades dos usuários ou restrições técnicas inesperadas. Sendo assim, ser flexível e adaptável é essencial para o sucesso do projeto.

Nem todos os requisitos têm a mesma importância. A priorização ajuda a equipe a focar nos aspectos mais críticos do projeto, garantindo que os recursos sejam alocados de maneira eficiente — e que as partes mais importantes do software sejam desenvolvidas primeiro.

Importância da engenharia de requisitos no desenvolvimento

A engenharia de requisitos é fundamental para o sucesso do desenvolvimento de software. Ela ajuda a evitar mal-entendidos e erros de comunicação que podem levar a falhas no projeto, atrasos e custos adicionais. 

Ao garantir que todos os requisitos sejam definidos, documentados e acordados desde o início, a engenharia de requisitos minimiza o risco do retrabalho e maximiza a eficiência do desenvolvimento.

Saiba qual é a estrutura da engenharia de requisitos

engenharia de requisitos pdf

Para aqueles envolvidos em tecnologias como HTML, Javascript e CSS, a estrutura da engenharia de requisitos pode parecer abstrata. No entanto, ela segue um fluxo lógico que inclui etapas como coleta, análise, especificação, validação e gerenciamento. Cada etapa tem suas próprias ferramentas e metodologias, todas visando assegurar que todos os requisitos sejam precisos e estejam alinhados com as necessidades de cada projeto.

Principais técnicas utilizadas na elicitação de requisitos

Existem alguns meios pelos quais a elicitação de requisitos pode ser feita – e aqui estão quatro das principais técnicas utilizadas nesta elicitação:

Entrevistas

As entrevistas são fundamentais na elicitação de requisitos, onde as partes interessadas são questionadas de forma direta para coletar informações sobre as necessidades e expectativas do sistema a ser desenvolvido. 

Esta técnica pode ser estruturada, semi-estruturada ou não estruturada – dependendo do nível de formalidade e flexibilidade desejado. 

Em entrevistas estruturadas, as perguntas são pré-definidas e seguem uma ordem específica, garantindo que todas as informações necessárias sejam coletadas de forma consistente. 

Entrevistas semi-estruturadas, por outro lado, abordam perguntas abertas e fechadas, oferecendo espaço para discussões mais profundas. 

Por fim, as entrevistas não estruturadas são mais flexíveis e possibilitam uma conversa mais livre e sem seguir qualquer tipo de ordem ou regra, o que pode revelar requisitos não previstos inicialmente. 

A escolha do tipo de entrevista depende do contexto do projeto e da relação com as partes interessadas.

Questionários

Os questionários correspondem a outra técnica (muito utilizada, por sinal) na elicitação de requisitos. Através deles, a coleta de informações de um grande número de pessoas é feita de forma rápida – e a um custo relativamente baixo. 

Esses questionários podem ser distribuídos de forma impressa ou através de meios eletrônicos, e fazem ainda mais diferença quando as partes interessadas estão geograficamente dispersas – ou seja, em um lugar diferente e/ou distante do local onde o projeto ou atividade principal está sendo produzido. 

Os questionários podem ser fechados, com perguntas de múltipla escolha ou escalas de avaliação, provocando a análise quantitativa dos dados, ou abertos, acarretando em respostas descritivas e que contribuem para uma compreensão mais profunda das necessidades e expectativas dos usuários. 

No entanto, é imprescindível ressaltar que a eficácia dos questionários depende da qualidade das perguntas formuladas e do nível de engajamento de quem os preenche/responde.

Observação

A observação pode, de início, parecer uma técnica menos meritória do que as duas citadas acima (entrevistas e questionários), mas ela é tão importante quanto qualquer outro método.  

A observação envolve o estudo dos usuários e dos processos de negócios em seu ambiente natural, e ajuda a entender o contexto de uso do sistema, identificando requisitos implícitos e problemas não articulados através de métodos mais formais. 

A observação pode ser passiva, onde o analista não interfere no ambiente, ou ativa, onde o analista pode interagir com os participantes para esclarecer dúvidas ou entender mais sobre os processos específicos. 

Esta técnica captura detalhes sobre a interação do usuário com sistemas, rotinas de trabalho e desafios enfrentados no dia a dia.

Análise e Especificação de Requisitos

Por último, a Análise e Especificação de Requisitos é o processo de documentar, analisar, verificar e validar os requisitos coletados nas técnicas exploradas acima – como entrevistas, questionários e observação. 

Esta fase é imprescindível para garantir que os requisitos sejam vistos e entendidos de forma clara, sem ambivalências e alinhados com os objetivos de negócios do projeto. 

A análise de requisitos envolve a priorização de requisitos e a negociação de trade-offs entre as partes interessadas, enquanto a especificação de requisitos resulta na criação de documentos detalhados, como o Documento de Requisitos de Software (SRS), que serve como uma referência autoritativa para o desenvolvimento subsequente. 

Este método ajuda a minimizar mal-entendidos e garantir que o produto final atenda às expectativas dos usuários (e às necessidades do negócio).

Desafios e melhores práticas na Engenharia de Requisitos

Os desafios da Engenharia de Requisitos são gigantescos em número e variedade, e relacionam-se com a profundidade da compreensão e especificação do que um sistema deve (ou não) fazer. 

Em primeiro lugar, a identificação e comunicação clara e apropriada com todas as partes interessadas pode ser uma tarefa difícil, especialmente quando estas (as partes interessadas) estão geograficamente dispersas ou têm diferentes backgrounds e interesses. 

A mudança incessante de requisitos se enquadra em um grande número de projetos, exigindo um processo de gerenciamento sempre bem estruturado e adaptável. A imprecisão e a falta de clareza nos requisitos coletados também representam um grande obstáculo, podendo levar a mal-entendidos e, consequentemente, a produtos que não atendem às necessidades dos usuários.

Por fim, garantir que todos os requisitos sejam sempre verificados e validados antes da implementação é primordial para o sucesso do projeto, mas pode, sem dúvidas, acabar sendo profundamente desafiador na prática.

Para enfrentar esses desafios, a adoção das melhores práticas relacionadas a Engenharia de Requisitos é, sem dúvidas, uma das soluções. 

Uma boa comunicação entre todos os participantes do projeto é fundamental; isso pode ser alcançado através do uso de linguagem comum e ferramentas colaborativas. 

E, claro, utilizar diferentes técnicas de elicitação de requisitos, como as entrevistas, os questionários, workshops e a prototipagem, ajuda a garantir uma boa compreensão das necessidades de todas as partes interessadas.

A documentação precisa e detalhada dos requisitos, acompanhada de revisões e feedbacks, ajuda a minimizar imprecisões e erros e, por fim, a validação contínua de requisitos funciona como garantia de que o sistema em desenvolvimento permaneça alinhado de forma permanente com as necessidades e expectativas relacionadas ao projeto ou negócio.

Saiba quais são as funções de um Engenheiro de Requisitos

Um Engenheiro de Requisitos desempenha um papel essencial no desenvolvimento de sistemas e software, atuando como a ponte entre os clientes, usuários e empresas (stakeholders) e as equipes de desenvolvimento técnico. Aqui estão algumas das principais funções desse profissional:

  • Coletar e identificar requisitos do projeto através de entrevistas, questionários, workshops, análise de documentos e outras técnicas de comunicação com as partes interessadas;
  • Analisar e compreender os requisitos;
  • Documentar os requisitos em especificações detalhadas que servirão como referência para as equipes de desenvolvimento e testes;
  • Garantir que os requisitos atendam às exigências dos stakeholders e estejam alinhados com os objetivos do projeto;
  • Gerenciar mudanças nos requisitos ao longo do ciclo de vida do projeto, mantendo a documentação sempre atualizada e comunicando as alterações às partes interessadas relevantes;
  • Facilitar a comunicação entre os stakeholders e as equipes técnicas;
  • Resolver conflitos e encontrar soluções de compromisso entre diferentes partes interessadas com requisitos ou expectativas conflitantes.

Entenda a diferença entre Engenharia de Software e Engenharia de Requisitos

Documento de levantamento de requisitos

E, quanto à diferença entre a Engenharia de Software e a Engenharia de Requisitos, é importantíssimo saber que ambas são disciplinas dentro do maior campo do desenvolvimento de software, mas focam em aspectos diferentes.

Engenharia de Software: É a aplicação de um método sistemático, disciplinado e quantificável para o desenvolvimento, operação e manutenção de software. Isso envolve as práticas relacionadas ao ciclo de vida completo do software, como o design, a codificação, os testes, a manutenção e o gerenciamento de projetos, por exemplo. 

A Engenharia de Software se preocupa com a criação de produtos de software de alta qualidade que atendam às necessidades e expectativas dos usuários e estejam dentro do orçamento e prazo estabelecidos.

Engenharia de Requisitos: É uma subdisciplina da Engenharia de Software, que se concentra especificamente na determinação dos objetivos, funções e restrições de sistemas de software. 

A Engenharia de Requisitos envolve o trabalho e comunicação com as partes interessadas para identificar o que elas precisam e esperam de um sistema de software, e, então, o refinamento destas exigências em um conjunto de requisitos bem definidos que guiarão o design e o desenvolvimento do sistema.

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Conclusão

Para se manter à frente em um mercado competitivo, especialmente em grandes centros urbanos como a cidade de São Paulo, por exemplo, é essencial ter um vasto entendimento das ferramentas disponíveis. A engenharia de requisitos vai além de ser apenas uma disciplina; é uma abordagem estratégica para garantir o sucesso dos seus projetos e atender às demandas do mercado. E não se esqueça: no Mercado Online Digital (MOD), você encontrará suporte, credibilidade e inovação para levar seus projetos ao próximo nível.

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