Saiba o que faz um Dockerfile e comece a automatizar imagens Docker para construir seus próprios contêineres de aplicação.
Durante o processo de desenvolvimento de um projeto uma equipe multidisciplinar pode ser convocada, onde vários profissionais manuseiam o mesmo arquivo. Para manter o senso de unidade, é usado o Dockerfile que independe da estrutura de cada máquina.
A seguir, vamos nos aprofundar no mundo do Docker, como funciona o arquivo em contêiner e as vantagens de usar esse método. Além disso, vamos aprender a como criar um arquivo Dockerfile de forma simplificada. Vejamos.
Saiba o que é dockerfile
Um dockerfile é um arquivo com vários segmentos em etapas que devem ser seguidos para gerar uma imagem. Essa imagem serve para possibilitar o armazenamento da estrutura de uma aplicação. No fim, são diretrizes para rodar um container Docker.
Em resumo, é como se fosse uma receita para que um projeto de aplicações seja trabalhado em diferentes ambientes. É o que ocorre na computação em nuvem, que permite trabalhar em equipe mantendo a consistência do projeto.
Dockerfile o começo de tudo
Normalmente, quando queremos utilizar um container docker, o processo é feito utilizando o comando “docker run”. Ele se direciona até o Docker hub e baixar uma imagem de interesse direto de lá. Mas e quando essa imagem precisa ser feita do zero?
O Dockerfile é a primeira etapa do encapsulamento da estrutura do software, processo esse que chamamos de container docker. E esse processo é feito através da interpretação de uma imagem que só pode ser construída a partir do dockerfile.
Para simplificar o entendimento das etapas:
- Dockerfile é um arquivo com uma série de instruções e comandos hierárquicos;
- A imagem é o conjunto destas instruções e é imutável;
- O container docker usa o conjunto dessas informações (imagem), para criar um ambiente que armazena um software desenvolvido, permitindo que este seja replicado em diferentes ambientes de forma independente.
Saiba a diferença entre dockerfile e imagem
A diferença entre dockerfile e imagem está justamente na função de cada um. A imagem, inclusive, é subordinada ao dockerfile. Será o dockerfile quem informará os atributos essenciais para que uma imagem seja capaz de criar um container docker.
Ou seja, existe o dockerfile, com as diretrizes, e existe uma imagem, com a execução. São duas etapas de um mesmo processo, que é a encapsulação de um projeto que pode ser aberto e manuseado em diferentes ambientes e linguagens de programação distintas.
Afinal, como criar um dockerfile?
Lembra que mencionamos que o dockerfile é escrito em um processo hierárquico? Cada etapa encadeia uma nova função para gerar a imagem. Sendo assim, em um arquivo de notas salve-a como “dockerfile” (sem aspas) e comece escrevendo o código, considerando:
- FROM: É obrigatório e deve informar o ponto de partida. Você pode utilizar uma imagem pronta ou uma imagem em branco com o comando scratch;
- RUN: É usado mais de uma vez e determina uma ação para incorporar itens como bibliotecas e pacotes;
- CMD: Pode ser usado várias vezes como o RUN, mas apenas a sua última vez inserida na sintaxe valerá como comando padrão ao iniciar o container;
- ADD: Cópia arquivos do host para dentro da imagem;
- EXPOSE: Informa a porta de execução do container e serve como registro de documentação;
- VOLUME: Cria uma pasta dentro da imagem acessível pelo host;
- WORKDIR: O container será inicializado aqui e é onde definimos o momento de execução das instruções acima. É a área de trabalho.
Essas são as etapas básicas em um Dockerfile, mas dependendo do aplicativo, podem ser necessárias outras instruções e configurações adicionais.
Principais vantagens de usar dockerfile
Existem muitas opções de computação em nuvem no mercado atual. Mas veja os motivos pelos quais o dockerfile é tão utilizado na programação:
Reprodutibilidade de ambientes
Se você já desenvolveu software, sabe que, em raros casos, este é criado por um único programador. Normalmente, a equipe em torno do projeto tende a aumentar conforme a complexidade do sistema. Assim, o dockerfile mantém a consistência geral.
Em determinada etapa, o projeto precisa ser aberto em dezenas de máquinas com S.O diferentes e por profissionais que usam outras linguagens de programação. Com o dockerfile, podemos reproduzir o mesmo projeto, em vários ambientes, mantendo as propriedades.
Automatização na construção de imagens
E se a programação é pautada em prazos, reduzir o tempo de projetar é ainda melhor. Com o dockerfile podemos utilizar imagens a partir do Docker Hub e trabalhá-las como se fossem templates. Assim, basta reordenar a imagem segundo as necessidades do projeto.
É interessante pontuar que quanto mais complexo o projeto for, maior será a imagem e suas variações. O versionamento também acaba sendo extenso. Por isso, os dockerfiles economizam bastante tempo, além de poder, ser construído em equipe versáteis.
Versionamento de imagens
O versionamento de imagens é outra vantagem. Por ser um arquivo altamente compartilhável, o dockerfile pode ter imagens versionadas e reproduzidas por várias pessoas. Isso mantém a integridade do arquivo e corrobora o senso de unidade.
Por isso mesmo que as imagens recebem uma série de comandos para garantir que todas as versões sejam reproduzidas com a mesma eficiência. Não deixe de consultar como criar um dockerfile nas diretrizes no início do artigo.
Maior personalização
Apesar de ser possível utilizar imagens prontas do Docker, o dockerfile é altamente personalizável. Esse recurso é muito flexível e podemos definir nossos próprios parâmetros de execução.
Alguns recursos que permitem personalizar o dockerfile variam desde o uso de linguagens, inserção de recursos, bibliotecas e até frameworks. Vale destacar que podemos organizar toda a arquitetura da informação de acordo com as necessidades do projeto.
Conclusão
Um dockerfile é uma estrutura que permite encapsular um projeto para que este seja trabalhado em qualquer ambiente ou sistema operacional. Com base em parâmetros bem definidos geramos uma imagem projectual que executa um container docker.
O container docker é o resultado do estabelecimento dessa imagem e é o que armazena e permite o transporte de toda a estrutura do projeto de um ponto a outro.
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